quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

O amor …

“Nunca encontrei definição para esta palavra, nem razão para ela existir, pois amor é, como Luís de Camões diz, "(...) fogo que arde sem se ver"... Nunca ninguém encontrou razão para o nosso coração bater forte, nem para nos deixar numa nostalgia completamente sem nexo algum. Mas talvez os especialistas deste tipo de termos apenas se centrassem em tentar encontrar uma explicação para o que é o amor por um cônjuge, pois amor sente-se não só apenas pelo próximo, mas também pelos nossos pais, família, amigos e essencialmente por nós próprios.
O amor não é a razão, mas sim o agir, pois por amor muitas loucuras se cometem, por amor muitas coisas são ditas, mas muito poucas vezes demonstradas; um simples "Amo-te", ou um simples beijo ou abraço podem ser a maior prova de amor dado a quem quer que seja. O amor não é só estar apaixonado ou dizer que se ama, o amor, muitas vezes é o simples formigueiro na barriga, o simples oferecer de uma flor, ou um olhar... Com amor tudo se dá, tudo se faz, tudo se aprende, mas quando se está apaixonado, com amor tudo se prova, pois estamos constantemente em busca de uma nova palavra, de um novo gesto, de um novo motivo para se amar.
Não irei mentir e negar que não é bom amar, que não é bom sentirmo-nos amados, pois isto é das coisas mais bonitas de se sentir, presenciar e acreditar. Quantos de nós já não sonhou com o verdadeiro amor? Quantos de nós pode afirmar que nunca amou alguém? Pois, muito poucos ou até mesmo ninguém o pode afirmar, pois este sentimento apodera-se de nós como um veneno, como uma droga, que quando provada, não se quer largar jamais.
Amar é sobretudo sonhar, e poucos são os que vivem nessa realidade sonhada. Amar é acordar com um sorriso no rosto, e esboçar no céu o rosto da pessoa amada, é percorrer de mãos dadas um caminho, como o do arco-íris, onde este jamais tem fim. É claro que o amor também tem a sua parte má, mas na minha opinião o que importa é viver esse sentimento enquanto se pode e agarrarmo-nos a ele a todo o gás, com a maior das forças, para que no fim, caso acabe, nos possamos sentir orgulhosos por termos amado. Se amo? Sim, amo não só o meu ser, como todas as coisas que são verdadeiras na minha vida, pois amar é viver!
Ao fim ao cabo, o amor é difícil de se explicar, e arranjar termos e motivos para se amar, pois como até o dicionário diz "é um sentimento sem descrição".”

Mariana Abreu '

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Natal

Lá fora vejo a chuva a cair, e o frio a gelar as pessoas, vejo as luzes de Natal a iluminar as ruas, as músicas de Natal a alegrar as pessoas, e essas pessoas num rebuliço tão grande devido às prendas que querem oferecer...
Ao ver tudo isto percebo o que está errado na sociedade de hoje em dia, que dão um valor tão grande ao que é material, desperdiçando o que vem cá de dentro.
Ontem um amigo mandou-me esta mensagem de Natal: "O Natal chegou. Deixemos que Ele volte a nascer nos nossos corações. Deixemos que o amor seja a melhor prenda a oferecer e a receber. Numa época de crise, o carinho, o amor e a boa vontade entre os homens são prendas super baratas e que nos fazem felizes. (...)". Quando acabei de ler esta mensagem, senti-me presenteada, senti-me cheia de prendas, senti-me com vontade de dar prendas; não acessórios, nem materiais, mas muito, muito amor!
É isto que é o Natal, o amor e o receber... Este Natal recebi a melhor prenda do Mundo, que foi um abraço forte e aconchegante de um Amigo muito importante; não lhe pude agradecer, mas aqui posso fazê-lo: Obrigada Sérgio!

Deêm um abraço, deêm um presente amoroso e valioso, pois acreditem que isso é o mais importante!

Um Feliz Natal a quem ler isto!

domingo, 20 de dezembro de 2009

Wonderful life

Há mais ou menos dois meses questionei imenso a veracidade deste ser, do que seria feito, as suas capacidades, crenças e motivos para viver. Andei semanas à deriva de um motivo, de uma luz que me fizesse saber e lutar para tantas questões... Ainda hoje me é dificil saber os cm's que percorrem os pensamentos, os desejos e até as ambições, pois tudo isto vai mudando de dia para dia, e até a minha vontade de mudar muda, mas sinto uma satisfação enorme por me sentir "eu" e saber que sou quem quero ser, sou quem consigo mostrar, e consigo fazê-lo de várias maneiras. Consigo saltar, ser feliz e mostrar quem sou; consigo sorrir, ser feliz e dar um pouco de mim às pessoas; consigo estar séria e mesmo assim estar feliz... Não sou bipolar, mas tenho várias facetas tal como vários olhares, e agora sei que não é necessário demonstrar tudo isto a todas as pessoas do Mundo, pois apenas o preciso de fazer para quem me rodeia :')
Há quem diga que tenho um grande sorriso, outros que dizem que tenho um sorriso bonito, mas ambos os adjectivos são devido a tanta, e tanta gente, gente essa que eu amo, que eu respeito e que não vou deixar que mais erros meus interfiram nas nossas vidas. Sim já errei muito nesta vida, já cometi erros estúpidos, imperdoáveis e sem nexo, mas esses erros deram-me mais milimetros que formaram vários metros de personalidade! Agora sei que sou forte, capaz, e sobretudo FELIZ. Tenho tanto para viver, tanto para aprender, e muito para dar ... ! Amo a vida, amo o sabor da vida, e o que tenho na vida, e tenho-o devido às maravilhosas pessoas que me rodeiam! Obrigada Amigoos :') , a todos, pois apesar de os diferenciar, são todos importantes!

/ apenas um desabafo vindo do coração ...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vidas separadas

Perder o que mais se tem, perder metade de nós, e uma vida! Perder uma personalidade e a vitalidade que uma água fresca nos dá. Sentimentos esquecidos e mágoas crescentes, acções sem explicação e objectos perdidos ao longo dos tempos... Corações magoados e lágrimas a formar um rio maior que o Guadiana.
Na vida há coisas que não se percebem, que não têm explicação e que ao agirmos são sem pensar... Tudo isto leva a relações platónicas e amizades esquecidas.
Palavras ditas sem sentimento e muito menos sem razão. Será isto maior que o perdão? Será que tudo isto é necessário para que se aprenda, não só com os erros mas com os "castigos" da vida ... ?
O maior cego é aquele que não quer ver, o maior herói é aquele que assume o erro e tenta corrigi-lo! Há coisas que não fazem sentido, e nem este texto o tem, mas cá dentro há só uma palavra, uma só frase, um só sentir, e para sempre um só sentimento. A maior dor pscicológica é a culpa, e apesar de não a sentir sei que ela está sob mim. Sinto que irei estar uma vida pendente de um perdão que não me é dado, e que até é recusado pelos protectores deste perdão. É de louvar que há experiências e até erros na vida que nos fazem crescer, e nos últimos quatro meses tornei-me gigante, tornei-me uma alma que quer um perdão, e que lutará num silêncio descumunal para que este rosto, volte a sorrir.
A vida tem que ser como um rio, que corre numa só direcção e infelizmente a vida é sem paragens. E cabe-nos a nós pararmos, por vezes, e pensarmos no que andamos a fazer não só a nós mas a outros.
Ha culpas e castigos, amores e amizades e por maldade do destino estas quatro palavras andam juntas como um só, e este ser irá lutar para que fiquem apenas dois de cada lado, e que esses sentimentos lutem numa batalha final para que se veja qual deles é o mais forte!

A maior das aventuras, é viver, e a maior das missões é encontrar o mapa do tesouro, que nos mostre o verdadeiro valor da vida.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A vida

Vamos imaginar que temos 24 horas de vida, vamos? Só por um bocadinho...
O que fazíamos? … Dormíamos? … Discutíamos? … Ou passávamos a prestar atenção a todos os pormenores? …
Imagina que … Esta era a nossa agenda …
Que nascíamos às 0:00h e sem darmos conta o tempo vai passando a pouco e pouco e até agora descobrimos alguns dos segredos do Mundo. Aprendemos andar, a falar, a sorrir, a brincar mas também descobrimos que existem meninos que passam fome, frio, não têm brinquedos, amor, carinho, atenção, dedicação como nós. Têm sonhos e esses sim, são iguais aos nossos. Sonho de brincar, de descobrir, de viver… São 9:00h e sem darmos conta a nossa infância acabou!

Vem agora a adolescência, aquela fase em que descobrimos tudo. Descobrimos que existem coisas más e coisas boas, que existem mundos de perdição e momentos de loucura! Sabemos que a adolescência é a melhor fase da vida, ou pelo menos pensamos nós que é, pois é nela que temos todos os vícios e mais alguns é nela que “experimentamos” a vida. Mas às 12:00h a nossa adolescência já se foi!

Tens estado com atenção? É que já passaram 12 horas …

Temos mais nove horas para viver a vida de adulto e estamos aptos para a vida de responsabilidades!
Amamos! Realizamo-nos profissionalmente ou não … Construímos uma família! Trabalhamos! Sofremos! Tentamos viver o dia-a-dia, pensando também nos outros, por vezes, mas sempre, adiando assuntos, coisas para o dia seguinte! Atenção, o tempo está-se a esgotar… Que bom seria termos algo ou alguém que nos vá lembrando das poucas horas que nos vão restando …

Restam-nos apenas 3 horas… Será que o relógio parou, será que as doenças fizeram acelerar os ponteiros do relógio??? Como é possível?! O que fizemos? O que deixamos por fazer? Que prioridades estabelecemos? Foram as melhores?
Afinal, sempre são só 3 horas que nos restam. Como é que vamos viver o pouco tempo que te resta? Porque, quando o relógio bater as 24 horas a nossa vida acabou!

A vida não é um conto de fadas … A meia-noite, na história da Cinderela resolveu tudo, mas na nossa vida tudo acaba!
Não será um pouco rápido? A vida é um filme, com um início, desenvolvimento, e por vezes nem conclusão tem. E nestes momentos melancólicos da vida que as pessoas caiem na realidade e percebem que têm sido umas bestas em desperdiçarem tanto da vida...
É bom que paremos um pouco para pensarmos porque amanhã já pode ser tarde! Pois um efémero tem esta agenda que dura apenas 1 dia, 24 horas! Por isso vamos aproveitar a vida porque ela é uma dádiva …

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O sorriso

"Sorriso, diz-me aqui o dicionário, é o acto de sorrir. E sorrir [...] é rir sem fazer ruído e executando contracção muscular da boca e dos olhos. [...] O sorriso, meus amigos, é muito mais do que estas pobres definições, e eu pasmo ao imaginar o autor do dicionário no acto de escrever o seu verbete, assim a frio, como se nunca tivesse sorrido na vida. Por aqui se vê até que ponto o que as pessoas fazem pode diferir do que dizem. Caio em completo devaneio e ponho-me a sonhar um dicionário que desse precisamente, exactamente, o sentido das palavras e transformasse em fio-de-prumo a rede em que, na prática de todos os dias, elas nos envolvem. Não há dois sorrisos iguais. [...] temos o sorriso de troça, o sorriso superior e o seu contrário humilde, o de ternura, o de cepticismo, o amargo e o irónico, o sorriso de esperança, o de condescendência, o deslumbrado, o de embaraço, e (por que não?) o de quem morre. E há muitos mais. Mas nenhum deles é o Sorriso. O Sorriso (este, com maiúscula) vem sempre de longe. É a manifestação de uma sabedoria profunda, não tem nada que ver com as contracções musculares e não cabe numadefinição de dicionário. Principia por um leve mover de rosto, às vezes hesitante, por um frémito interior que nasce nas mais secretas camadas do ser. Se move músculos é porque não tem outra maneira de se exprimir. Mas não terá? Não conhecemos nós sorrisos que são rápidos clarões, como esse brilho súbito e inexplicável que soltam os peixes nas águas fundas? Quando a luz do sol passa sobre os campos ao sabor do vento e da nuvem, que foi que na terra se moveu? E contudo era um sorriso. Mas eu falava de gente, de nós, que fazemos a aprendizagem do sorriso e dos sorriso são longo da vida própria e das alheias. [...] A tudo isto é que eu chamo sabedoria. [...] Dir-me-ão que não cabe tanto no sorriso. Eu digo que cabe. Soube-o a noite passada, quando foi ele a única resposta para a insónia e para os monstros do pesadelo nascido no sono onde o corpo acabou por deslizar, cansado e aflito. Sorrir assim, mesmo sem olhos que nos recebam, é o verbo mais transitivo de todas as gramáticas. Pessoal e rigorosamente transmissível. O ponto está em haver quem o conjugue."
José Saramago


Sorrisos existem muitos, sim é verdade, mas quantos contamos nós? Eu, apenas conto 1. Aquele que tenho agora, o da felicidade... Que fui construíndo, que consegui estabelecer e retribuir. Esse sorriso que tenho estampado no rosto, esse que os Amigos ajudaram a criar. A eles, devo a vida, devo o sorriso e a minha felicidade. Obrigada!



- Talvez este seja o início de um grande diário...